quinta-feira, 4 de março de 2010

Compromisso do profissional com a sociedade - Paulo Freire

As palavras de Paulo Freire, educador brasileiro que propus uma pedagogia nova, que levasse em conta a vida cotidiana dos oprimidos, são fundamentais para percebermos qual deve ser o nosso compromisso com a sociedade. Ciência e tecnologia não são dimensões descoladas das questões sociais. Pelo menos, não deveriam ser. Vamos ler o texto que está no link: http://www.cbvweb.com.br/O%20Compromisso%20do%20Profissional%20com%20a%20Sociedade.pdf

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5 comentários:

Anônimo disse...

Destaco o trecho:


Não é possível um compromisso verdadeiro com a realidade, e com os homens concretos que nela e com ela estão, se desta realidade e destes homens se tem uma consciência ingênua. Não é possível um compromisso autêntico se, àquele que se julga comprometido, a realidade se apresenta como algo dado, estático e imutável. Se este olha e percebe a realidade enclausurada em departamentos estanques. Se não a vê e não a capta como uma totalidade, cujas partes se encontram em permanente interação. Daí sua ação não pode incidir sobre as partes isoladas, pensando que assim transforma a realidade, mas sobre a totalidade. É transformando a totalidade que se transformam as partes e não o contrário. No primeiro caso, sua ação, que estaria baseada numa visão ingênua, meramente “focalista” da realidade, não poderia constituir um compromisso.



Nas ciências naturais, alguns conceitos são (ou têm se mostrado até agora) constantes e imutáveis. Num experimento químico ou físico, por exemplo, espera-se a conservação da energia e da matéria. Já nas ciências sociais, uma determinada explicação para um fato não é válida ou aceitável em todos os locais e em todas as épocas.

Essa diferença entre as ciências naturais e sociais traz dificuldades ao cientista natural, que se acostuma com a busca de princípios e constantes universais. É preciso ter a capacidade de olhar o mundo pelos dois focos, escolhendo onde e quando utilizar cada um deles. Se as ciências naturais e a tecnologia são voltadas à sociedade, o cientista precisa ter ambos os olhares.

Eduardo B. Oliveira

Rede Projetos EJA disse...

É isso, Eduardo! Já chega das coisas dissociadas, da sociedade de um lado e da ciência de outro.
abraço,
Keila

Rede Projetos EJA disse...

É isso, Eduardo! Já chega das coisas dissociadas, da sociedade de um lado e da ciência de outro.
abraço,
Keila

Fernanda disse...

Muitas vezes nos esquecemos do que é estar verdadeiramente comprometidos com a sociedade. Paulo Freire nos leva a reflexão do nosso compromisso como homem mas principalmente como profissionais, do nosso dever de trabalhar para a sociedade. Pensar que as ciências naturais e sociais estão dissociadas é ter uma visão ingênua e distorcida da realidade. Não devemos querer "enxergar" somente o que nos é conveniente ou que achamos que é a nossa verdade absoluta. Nós como futuros profissionais usufruindo do ensino público, temos o dever de trabalharmos para o bem estar da sociedade. Devemos compreendê-la de uma forma ampla considerando aspectos históricos, sociais pela qual passou e fazermos ciência levando em conta suas necessidades. Se ficarmos restritos ao nosso gueto, achando que o conhecimento é dividido em departamentos, estaremos nos alienando. Só quando deixarmos essa visão distorcida da realidade estaremos nos comprometendo de forma autentica.


Fernanda G.Furtado

Rede Projetos EJA disse...

Fernanda, que bom ver que estamos alcançando essa consciência de que a sociedade não pode ficar distanciada do conhecimento e dos benefícios da ciência! parabéns pela sua colocação.
abraço,
Keila

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